No decorrer de 2023, a inteligência artificial generativa assumiu um papel de destaque nas conversas sobre inovação, gerando debates intensos em torno de sua ética e impacto. O ano de 2024, no entanto, promete ser marcado por consolidação e efetivo uso dessa tecnologia por parte das empresas. Neste artigo, exploraremos cinco tendências emergentes que moldarão o cenário da inteligência artificial em 2024.

1. Regulamentação Ética: O Impacto do EU AI Act

O primeiro ponto crítico a ser observado é a regulamentação da inteligência artificial. No final de 2023, a União Europeia liderou o caminho ao lançar um acordo provisório, o EU AI Act, estabelecendo regras para o uso ético da tecnologia. Previsto para ser finalizado em 2024, este ato poderá influenciar outras jurisdições, incluindo o Brasil, que já discute um projeto de lei (PL 2338/2023) sobre o assunto. Questões como direitos autorais, proteção de imagem, propriedade intelectual e cibersegurança estão no centro dessas discussões.

Laura Kroeff, vice-presidente de estratégia e impacto da Box1824, destaca a importância das empresas adotarem políticas de uso responsáveis em relação à inteligência artificial, independentemente do ritmo da legislação no país.

2. IA Limpa e Sustentável: Responsabilidade Ambiental na Utilização de IA

Além das questões éticas, a sustentabilidade torna-se um foco crucial para os sistemas de IA generativa. Rosi Teixeira, head de tecnologias emergentes da Thoughtworks, destaca a urgência de compreender o impacto ambiental da IA na sociedade e no ecossistema. Pedro Borges, group director de design na Work & Co, prevê avanços no uso de energia renovável para reduzir o impacto ambiental da escala de processamento de dados da IA. A necessidade de tornar a IA sustentável reflete a preocupação crescente com o consumo de energia associado a essa tecnologia, algo semelhante ao que está ocorrendo com as criptomoedas.

Adoção Generalizada da IA Generativa: Quem Está à Frente?

Um estudo conduzido pela IBM destaca que 75% dos executivos acreditam que a vantagem competitiva dependerá do uso avançado da IA generativa. Mais da metade dos entrevistados já integraram essa tecnologia em produtos ou serviços. Thiago Viola, diretor de IA, dados e automação da IBM Brasil, afirma que a inteligência artificial não é mais apenas um suporte, mas está no centro de diversos negócios. A questão que se coloca é: quais setores serão os mais eficientes na adoção da tecnologia em 2024? Borges aposta no varejo e no turismo, destacando a complexidade desses setores e a variedade de escolhas que os consumidores enfrentam durante a jornada de compra.

Mudanças na Pesquisa Online: Impacto dos Assistentes Virtuais

Ferramentas como o ChatGPT já estão influenciando a maneira como as pessoas buscam informações online, desafiando a relevância dos motores de busca tradicionais. Em 2023, o Bing lançou uma versão usando o chat inteligente da OpenAI, enquanto o Google apresentou o Bard, um assistente virtual baseado em IA generativa. O uso crescente de sistemas altamente personalizados também aumentará o debate sobre a disseminação da desinformação, com deepfakes e imagens geradas por IA, desafiando a capacidade do público de distinguir entre conteúdo autêntico e artificial.

Áudio IA: A Próxima Fronteira da Inteligência Artificial Generativa

A evolução dos modelos de IA generativa se estenderá ao domínio do áudio em 2024. Laura Kroeff, da Box1824, prevê que a IA dominará a linguagem vocal, com capacidade para compreender vários idiomas e reproduzir sotaques regionais. A transição de canais predominantemente baseados em texto para voz será uma mudança significativa, oferecendo às marcas a oportunidade de desenvolver uma voz única em diversos canais.

Thiago Viola, da IBM Brasil, destaca a hiper personalização do atendimento ao cliente como um ponto central para as empresas em 2024, impulsionada pela IA generativa. A capacidade de oferecer experiências altamente personalizadas torna-se uma meta essencial para as organizações que buscam atender às crescentes expectativas dos consumidores.

Conclusão

Em resumo, 2024 promete ser um ano de consolidação, regulamentação e avanços notáveis na aplicação prática da inteligência artificial generativa, moldando o futuro das interações entre humanos e máquinas. As empresas que abraçarem essas tendências emergentes estarão na vanguarda da inovação e da adaptação às mudanças tecnológicas em curso.

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